segunda-feira, 15 de junho de 2020
Isabelle Reis faz uma análise sobre a ficção, da vida de Eva e Kevin, e a realidade de Columbine em 1999. Precisamos falar sobre Kevin traz um dos questionamentos mais importantes quando falamos sobre estes ataques em escolas. O fato de que os jovens precisam ser ouvidos e enxergados de maneira que não sejam tratados apenas como estatística e mais um número em uma instituição. Temas importantes além da fórmula de Bhaskara ou a tabela periódica precisam ser discutidos. Mas além disso, o que leva um estudante a pegar uma arma, ir até a escola e matar seus colegas de classe?
A facilidade que esses jovens têm acesso às armas?
O problema é muito mais complexo. Hoje, Precisamos falar sobre Columbine.
Bibliografia:
Livro Columbine, de Dave Cullen
Tiros em Columbine, documentário dirigido por Michael Moore
O Acerto de Contas de Uma mãe, livro escrito por Sue Klebold
https://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1080/0735648X.2017.1284689?needAccess=true
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-79722009000300021&script=sci_arttext
Apoia.se: https://apoia.se/cdc
Picpay: https://app.picpay.com/user/cena.crime
https://www.catarse.me/ajudeocenadocrime
Isabelle Reis
Isabelle Reis tem 25 anos, é jornalista policial, escritora e podcaster. Com o seu primeiro projeto na podosfera, o Cena do Crime, foi selecionada para o Arte Sônica Amplificada, projeto que potencializa mulheres da área do som, em parceria com o British Council, além de fazer parte da produção do evento de podcasts no Rio de Janeiro, o Essa Parada. Como jornalista, Isabelle já trabalhou na Rede Bandeirantes e se especializou em jornalismo investigativo e local, com cursos na ABRAJI e em universidades como a Columbia. Também já lançou três livros, dentre eles, dois romances policiais
Um cast que, trazendo o livro/filme Precisamos falar Sobre Kevin e o caso real do massacre de Columbine, traz à discussão vários tópicos interessantes. A razão dos massacres é o acesso a armas? São más influências como games, filmes ou músicas? Ou é preciso debater para entender? Um deles é a figura da maternidade nesse contexto, pois temos figuras maternas que vivenciaram a culpa por ter filhos problemáticos que causaram várias mortes e foram publicamente julgadas. A família como fator de entendimento desses indivíduos - educação plena? Descaso de uma das figuras parentais? Interessante dar um perfil de "mãe imatura" para a mãe de Kevin. Na vez do Kevin então houve "maus cuidados" ou afeto insuficiente ou até negligência, maternidade indesejada. Mais do que coisas, são pessoas que influenciam, talvez. Concordo que foi o bullying e o acesso às armas os motivos determinantes. Outra é a questão da rotulação dessas pessoas e a tentativa de associar e estigmatizar certas atividades, como foi o caso dos games, filmes e música que estariam por trás das mentes perturbadas, o que não se sustenta diante de um simples argumento estatístico (deveriam ter então milhões de massacres). O despreparo da polícia devido a pouca experiência com esse tipo de ocorrência, que de lá pra cá aumentou. A identificação correta desses perfis que desejam sim serem "reconhecidos" através desses atos drásticos de assassinatos em massa. E o fruto bom resultante disso foi o surgimento de campanhas de combate ao bullying.
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