Ilse Koch (Dresden, 22 de setembro de 1906 - Aichach, 1 de setembro de 1967) foi a esposa de Karl Otto Koch, comandante dos campos de extermínio de Buchenwald e Majdanek.
Ilse tornou-se sinistramente famosa por colecionar como sourvenires pedaços de peles tatuadas de prisioneiros dos campos. Histórias de sobreviventes contam que ela tinha cúpulas de abajures feitos de pele humana em seu quarto e era conhecida pelo apelido de "A Bruxa de Buchenwald" ou "A Cadela de Buchenwald", pelo caráter perverso e crueldade sádica com que tratava os prisioneiros deste campo.
Ilse conheceu o general nazista Karl
Otto Koch, por meio de colegas do partido. Quando os dois se casaram, em 1936,
Ilse já trabalhava como secretária no campo de concentração de próximo a Berlim, onde conheceu o comandante.
Era, nessa época, só um campo de prisioneiros políticos, sem a intenção de
extermínio.
Seus ideias nazistas começaram a
aflorar quando ainda era funcionária da livraria e consumia seu tempo lendo e
ouvindo os ideais da SS, que com certeza faziam parte de um refugio bastante
confortável após a economia completamente desestabilizada da Alemanha pós
primeira guerra.
Ilse e Carl Koch se casaram ao ar
livre e eram o perfeito casal alemão da época. Mas era bem verdade Ilse era
conhecida por saber quando era conveniente ou não se aliar a uma pessoa. E isso
aconteceu com Carl. E eles não demoraram a serem reconhecidos pelos superiores
nazistas.
Em 1937, Carl foi nomeado comandante
de dos campos de treinamento da SS, Buchenwald.
Bibliografia:
https://www.youtube.com/watch?v=NUXp3KZBc2Q&t
https://www.youtube.com/watch?v=ty4f3PXD7lA&t
https://www.youtube.com/watch?v=3BI1WTC67ZI&t
https://www.youtube.com/watch?v=q0ULzaJtuec&t
https://www.youtube.com/watch?v=y6gSinaRrIs&t
NOS APOIE!
Apoia.se: https://apoia.se/cdc
Picpay: https://app.picpay.com/user/cena.crime
https://www.catarse.me/ajudeocenadocrime
Quando me debruço sobre algum material sobre o nazismo sempre tenho em mente aquele conceito cunhado de "banalidade do mal", útil para entender porque tanta gente normalizou tantas atrocidades e agiu de forma tão insensível. Sabemos também que quando há "liberdade" ou permissão de autoridade ou autorização psicológica, as pessoas se sentem mais livres para cometer atos de crueldade sem levar em consideração objeções morais. Considerando tudo isso, Ilse Koch merece um estudo de caso para si: tinha uma posição privilegiada e agiu em semelhança a seu marido, mas para além da passividade diante disso, ela agiu ativamente nas sevícias dos prisioneiros; ela descobriu o prazer de torturar e matar??? Demonstrou ser sádica, agindo de forma torpe, narcisistica e depravada. As atrocidades nazistas são ímpares na história da humanidade, justamente quanto a "banalidade do mal" - a forma como racionalizaram a morte e o sofrimento e as dimensões que isso tomou como "indústria da morte" (em escala e eficiência) tornam tudo isso único. Realmente, o exército nazista manteve em segredo as atrocidades, mas também duvido que as pessoas/civis desconheciam totalmente o que acontecia ali, alguns boatos e rumores deviam escapar, mas, quem liga, eles são só prisioneiros, e as autoridades militares devem saber o que estão fazendo... Os soldados aliados, mesmo vivenciando os horrores da guerra, ficaram estarrecidos com a situação encontrada nos campos de concentração, imagine! Assim como Ilse, o primeiro e maior campo de concentração merece um estudo de caso. Esse dado da feminização é sempre interessante, afinal, apesar da hierarquia patriarcal, mulheres não eram/são capazes de impingir sofrimento ao próximo, ainda que seja o "inimigo"? Claro que a lição de história é importante para que erros e crimes assim não aconteçam nunca novamente, mas um dos focos do podcast deve ser a tipificação psicológica de Ilse Koch... Um cenário doentio: objetificação do outro e instrumentalização do corpo alheio, roubando órgãos de prisioneiros vivos e fabricando souvenirs com peças humanas como dentes e pele. Foi de um macabro ímpar na história.
ResponderExcluirMídia offline ;-;
ResponderExcluir